Agripino: um marco na história de Presidente Prudente


  • há 7 anos
  • Assessoria de Imprensa da Unoeste

Fundador da Unoeste, professor também ficou conhecido em todo o país por seu trabalho na política como prefeito, deputado federal e estadual

Foto: Matheus Teixeira Agripino: um marco na história de Presidente Prudente
Ele adotou em sua vida o lema do brasão prudentino que diz: 'O Trabalho tudo vence'

Agripino de Oliveira Lima Filho foi certamente um dos homens que marcaram o progresso de Presidente Prudente. A história da cidade, no interior de São Paulo, em muito se confunde com a dele próprio tal qual a sintonia e comprometimento em anos dedicados à educação e também à vida pública. O professor tinha como lema o brasão prudentino: “Labor omnia Vincit”, que significa “O trabalho tudo vence”.
 
Nesta história, um capítulo importante foi a fundação da Faculdade de Ciências, Letras e Educação, a Faclepp, mantida pela Associação Prudentina de Educação e Cultura (Apec), em 1972. Um projeto que deu início ao que hoje é a Universidade do Oeste Paulista, Unoeste (Portaria Ministerial nº 83, de 12 de fevereiro de 1987). Agripino foi o grande idealizador, juntamente com um grupo de professores, que incluía também Ana Cardoso Maia. Atualmente, a maior universidade do oeste paulista tem mais de 70 cursos de graduação presencial e a distância, centenas de cursos de pós-graduação e extensão, nas modalidades presencial e a distância, sem contar ainda os programas de mestrado e doutorado, que são reconhecidos pela qualidade. São mais de 20 mil alunos e quase 2 mil funcionários. Acima de toda essa obra monumental está o valor que ela representa ao longo desses 45 anos de atividades no ensino superior, formando milhares de profissionais conceituados que atuam no país e no exterior, e pelo que tem realizado em prol da 10ª Região Administrativa do Estado no campo assistencial.
 
Entre as suas obras, além dos dois campi universitários e a Fazenda Experimental, Agripino tinha um carinho especial pelo Santuário Morada de Deus e o Hospital Universitário “Dr. Domingos Leonardo Cerávolo”, que foi estadualizado em fevereiro de 2009, passando a ser denominado como Hospital Regional (HR). Também contribuiu e acompanhou a expansão da universidade para outros municípios paulistas, a princípio com a oferta do curso de Medicina em Guarujá e Jaú, ainda em fase de implantação.
Nos anos de 1971 a 1973 foi presidente do Centro Professorado Paulista (CPP) local. Mas foi na vida pública que este homem ganhou notoriedade e destaque nacional. Como político, Agripino Lima afirmava sempre que não priorizava o partido e sim o caráter do homem público. Foi vereador na Câmara Municipal de Prudente por duas legislaturas (1972/1976 e 1977/1982). Exerceu o mandato de deputado federal de 1986 a 1990; vice-prefeito prudentino de janeiro de 1988 a dezembro de 1992. Quando deputado federal, Agripino Lima participou da elaboração da Constituição Federal. Apresentou 132 emendas tendo 51 aprovadas. Foi classificado entre os dez deputados que mais trabalharam.
 
Em janeiro de 1993 foi eleito prefeito de Prudente, com gestão até 1996. Em 1998, Agripino Lima foi eleito deputado estadual com 99.272 votos, ficando entre os cinco mais votados e o primeiro do seu partido na época, o PFL. O sentimento fraterno que Agripino mantinha pela cidade de Prudente o levou a pleitear a direção da prefeitura em 2001, sendo eleito para o mandato 2001/2004. Em 2002, barrou uma marcha de 3 mil sem-terra que viriam à Prudente fazer um megaprotesto, fato que ganhou repercussão na mídia nacional. Em 2004, foi reeleito com mais de 62 mil votos. Foi o primeiro governante do município a ocupar a prefeitura por três mandatos pelo voto popular.
 
O início – Agripino de Oliveira Lima Filho nasceu em 31 de agosto de 1931, na Fazenda Graminha, município de Lençóis Paulista (SP), foi registrado com o nome de seu pai. Oitavo filho do casal Agripino de Oliveira Lima e Silvéria do Prado Oliveira Lima, cresceu numa família de 12 irmãos.
 
Desde pequeno, Agripino Lima Filho afirmava que queria ser alguém na vida. A família mudou-se para a cidade de Borebi (SP) e o menino cursou os antigos grupo e ginásio na cidade vizinha de Agudos (SP). Posteriormente, a família mudou-se para Garça (SP), onde o pai estabeleceu-se no comércio. Em 1960 transferiu-se para Presidente Prudente. Graduou-se em Direito (1968) e concluiu licenciatura em Pedagogia (1970). Com Ana Cardoso Maia teve quatro filhos: Augusto César, Ana Cristina, Maria Regina e Paulo César, que o deram 13 netos e quatro bisnetos.