Docentes participam de oficinas durante Encontro Pedagógico


  • há 8 anos
  • Assessoria de Imprensa da Unoeste

Atividades foram realizadas nesta quinta-feira (26), no campus II, nos três períodos

Foto: Mariana Tavares Docentes participam de oficinas durante Encontro Pedagógico
Dr. Paulo Rogério Miranda Correia, da USP, falou sobre Mapas Conceituais

O processo de aprendizagem pode ser facilitado por meio da técnica dos mapas conceituais, isto é, a partir de um organizador gráfico é possível estruturar o conhecimento visualmente. Trata-se de uma ferramenta que pode ser utilizada por professores e alunos, gerando um entendimento profundo sobre o conteúdo estudado. Essa técnica foi o tema da oficina ministrada pelo professor doutor Paulo Rogério Miranda Correia, da Universidade de São Paulo (USP), durante a 9º edição do Encontro Pedagógico dos Docentes (Enped) da Unoeste. Ao todo, nesta quinta-feira (26), foram realizadas 14 atividades nos três períodos, com sete temas diferentes.

Correia explica que dentro dos organizadores gráficos tem uma série de alternativas, e os mapas conceituais têm uma peculiaridade. Segundo ele, quando se relaciona quaisquer dos conceitos por meio dessa técnica, é preciso explicar a relação existente entre eles e, para isso, usa-se um termo de ligação. “Então, a diferença desse mapa dos outros gráficos é que além do aspecto visual, há uma carga semântica maior, ou seja, eu consigo ler o seu mapa sobre determinado assunto e entender o que você pensa sobre ele, e isso facilita os processos de colaboração”.

A partir do momento que o professor aprende a fazer o mapa conceitual, ele está pronto para introduzir essa ferramenta com os alunos. “É importante que primeiramente o docente entenda a técnica e se convença de que ela tem benefícios. E quando ele começar a levar seus mapas para a aula, os próprios alunos vão pedir mais. Para o professor, o primeiro passo é organizar sua disciplina com o mapa, depois compartilhar com os alunos, e progressivamente isso será incluído”.

Além de aprender de maneira profunda cada ponto do conteúdo, a técnica tem outros benefícios, como o processo conhecido como ressonância pedagógica, “que é quando o professor tem meios de, durante as aulas, dar um feedback para o aluno que faça sentido para ele. Acaba com aquele pensamento de que se vocês foram mal na prova então terão que estudar tudo de novo. Porque isso pode afetar um, mas não vai afetar aquele que tirou nota boa. Agora, com a estratégia do mapeamento, o professor sempre estará olhando para algo muito particular do aluno, a dificuldade de cada um”.

Correia ainda acrescenta, “se o estudante não está compreendendo um determinado ponto, mas por meio do mapa eu vejo que o outro colega está, então eu posso colocar os dois para conversar sobre esse tema e não somente eu professor ficar explicando”. Reforça que com o mapa está mais visível esse conhecimento, por isso, professores e alunos podem interagir de maneira mais eficiente durante a própria aula, “é o que chamamos de ressonância pedagógica”.

Atividades – Além da oficina Mapas Conceituais, os docentes da Unoeste participaram ainda do workshop “Construção de itens de respostas objetiva para a avaliação da aprendizagem”; e das oficinas “As redes sociais na educação superior”, “Autismo e Educação: contribuições das teorias semióticas para compreensão da Síndrome de Asperger e construção de práticas inclusivas”, “Avaliação da aprendizagem no ensino superior: seminários e portfólios”; “Formação para utilização da aprendizagem baseada em problemas e pedagogia de projetos” e “Competências e habilidades – plano de ensino e plano de aula”.