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DIA 20 – SÁBADO
“AMOR POR ANEXINS” - MOSTRA DE RUA - GRATUITO
11h- Praça 09 de Julho
17h- Parque do Povo- prox. Tv fronteira
Com texto do início do século XX, apresenta a história de Isaías, homem apaixonado pela bela viúva Inês que, para declarar todo seu amor, só consegue falar através de provérbios. Assim, para conquistar a mão de sua amada, Inês impõe a difícil condição de só casar-se com Isaías se ele conseguir declarar-se a ela sem pronunciar um único “anexim”.
Nesta montagem a Cia apresenta uma adaptação totalmente brasileira, numa multiplicação dos personagens, Inês e Isaías, gerando uma grande confusão, características do teatro de Artur Azevedo(autor), recheado de cantigas populares e as inocentes formas de conquistas, do início do século, agradando todas as idades.
Este espetáculo surgiu a partir de um trabalho apresentado no Circuito Carloca de Esquetes 2004/RJ, recebeu em seguida o prêmio de melhor figurino no Festival Blarte. Em 2005, apresentou-se no Festival de Teatro de Curitiba, participou da Mostra Metropolitana de Teatro e levou até as cidades do interior do Paraná um espetáculo leve, extrovertido e de alcance para um público mais abrangente possível. Agradando crianças, jovens e adultos através da linguagem brasileira, educativa e universal.
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Companhia: Jovens Atores do Brasil
Cidade: Rio de Janeiro-RJ
Espetáculo: “Amor por Anexins”
Autor: Artur Azevedo
Direção: Igor Ferreira
Som (criação) Igor Ferreira
Som (operação) “Ao vivo”
Figurino: Luciana Ezarani/ Igor Ferreira
Maquiagem: Luciana Ezarani/Igor Ferreira
Elenco: Luciana Ezarani, Luciana Giacomazzi, Igor Ferreira, Ricardo Moraes.
“OS DOIS TURRÕES”- MOSTRA ADEMAR GUERRA - GRATUITO
17h00 - Teatro Municipal
A disputa de dois turrões, que teimam em não fechar uma porta, é o elemento fundamental da história. Através de uma aposta – aquele que falar ou se levantar primeiro da cadeira: fecha a porta. Maria e José (um casal de portugueses), acabam se vendo em situação desesperadora, porque um grupo de viajantes acaba por adentrar sua casa e, assim aproveitam para desfrutar do aconchego e da comida que o lar do casal(que não fala e não se levanta) pode lhes oferecer.
- Companhia: Cia Pereirão de Teatro
Cidade: Tatuí-SP
Autor: Tatiana Belinky
Direção: João Armando Fabbro
Coordenação: André Luiz Camargo
Cenário: Cia Pereirão de Teatro
Sonoplastia: João Armando Fabbro
Iluminação: Thiago de Castro Leite
Operador de Som: João Armando Fabbro
Operador de Luz: Thiago de Castro Leite
Figurino: Cia Pereirão de Teatro
Elenco: Erick Sotero, Marília Teixeira, Elton Pinheiro, Jackeline G. Cardoso, Bruno da Silva Amaral, Fernendo H. Casalunga, Patrícia de A. Tavares
O RINOCERONTE” - MOSTRA COMPETITIVA
20h - Teatro César Cava
Uma multidão imensa postava-se à espera do Fuhrer, que tardava a chegar. Quando a comitiva de Hitler apareceu, o povo foi tomado de uma histeria tão contagiosa, que o próprio Rougemont se sentiu atingido... Já estava prestes a sucumbir a estranha e terrível magia, quando, afastando-se da turba, parou para pensar: que espécie de demônio o estava possuindo, para ficar quase seduzido pela idéia de se entregar, como os outros, ao delírio insano?
(Vitor Civita)
“Não é sempre que se vê disso!”
A vida tranqüila e um tanto sossegada de uma pequena cidade francesa é perturbada subitamente pela insólita presença de um rinoceronte. Aos poucos esses rinocerontes irão se multiplicar transformando assim toda a cidade em paquidermes. Uma deliciosa metáfora onde Ionesco (o autor) mergulha em um mundo cínico e grotesco, tomando um aspecto cada vez mais inquietante.
- Companhia: Tucan Teatro Universitário Candango
Cidade: Brasília-DF
Autor: Eugêne Ionesco
Direção: Hugo Rodas
Som (criação): Hugo Rodas
Som (Operação)- Glauber Coradesqui
Luz (criação): Hugo Rodas
Luz (Operação): Rafael Andrade
Figurino: Hugo Rodas e Grupo
Maquiagem: Cyntia Carla
Cenário/adereços: Sônia Paiva e equipe de Cenografia
Elenco: Alexandre Cerqueira, André Araújo, Clarissa Rangel, Cyntia Carla, Diego Bressani, Liiane Araújo, Luana Proença, Maicyra leão, Rosanna Viegas
“ EU” - Espetáculo Adulto – MOSTRA ALTERNATIVA - CONVIDADOS
22h30 e 24h00 – Casa do Matarazzo
Rua Quintino Bocaiúva, Estará o homem deixando de pensar e de sentir?
A poesia de Augusto dos Anjos é a poesia da dor universal. Vivendo numa época de grandes transições, o poeta paraibano assistiu a decadência dos engenhos tradicionais, em prol das usinas e, presenciou o início do processo de urbanização, cuja personagem principal foi a cidade grande.
Quando o homem está próximo da morte, ele tem consciência e, só assim pode precisar se foi feliz ou não. No espetáculo, Augusto dos Anjos relembra sua vida e traz do seu universo, lembranças de sua família, os tempos de infância, marcada pela decadência do engenho do Pau d´arco, suas frustrações, anseios e a morte como única certeza da vida, pois acostumado a sofrer, acostumado a assim sofrer, existe.
Se a consciência é o sentimento íntimo do “eu”, só a dor possui a faculdade de aumentar, aclarando esta manifestação imediata e poderosa da sensibilidade, enquanto a alegria, no seu rodopiar eterno e farsante, dançando ao som do pandeiro, s dispersa e anula. E quando morrer, nada mudará, o tamarindo continuará a reverdecer, e a lua continuará sempre a nascer. Augusto dos Anjos mostra o lado negro, soturno, as paisagens degradadas. Os cenários de sua poesia são os cemitérios, os prostíbulos, as tavernas. As presenças constantes nestes cenários, são os doentes, os marginais, as vítimas de uma sociedade voltada para o lucro.refletindo o resultado das pesquisas científicas incrementadas no final do século XIX, sobretudo no campo das ciências naturais, ele toma o partido de todos os seres que sofrem, na natureza ou na sociedade.
Influenciado inicialmente pelo Parnasianismo, Augusto dos anjos, em sua poesia madura, aproxima-se mais do simbolismo. Seus versos refletem a miséria, o sofrimento, a angústia mais ampla do que suspeitamos e, mais do que nunca, presente em nossa sociedade. Infelizmente, a situação que deu origem a seus versos não está superada, o que sem dúvida explica o interesse que ainda hoje desperta a sua poesia. |
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