Apresentação
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresenta como critérios diagnósticos a presença de déficits na comunicação social, habilidades de interação social prejudicadas e comportamentos restritos e repetitivos (American Psychiatric Association, 2013). É comum que indivíduos diagnosticados com TEA enfrentem desafios não apenas na linguagem e no comportamento social, mas também em outras áreas, como desempenho acadêmico/escolar e em habilidades de autocuidado sendo necessário fornecer intervenções que auxiliem no desenvolvimento de diversas habilidades, em busca de uma qualidade de vida adequada.
Recentemente, o Centro de Controle de Doenças (CDC, 2023) estimou que 1 em cada 36 crianças de até 8 anos, em diversos estados dos EUA, é diagnosticada com TEA (Maenner et al., 2023). Embora não haja estudos recentes sobre a prevalência do TEA no Brasil, seguindo essa estimativa, teríamos aproximadamente 6 milhões de pessoas com TEA em nosso país.
As intervenções costumam ser realizadas de forma interdisciplinar, devido à complexidade e à variedade de domínios relacionados ao desenvolvimento humano. As pessoas com TEA podem se beneficiar de diversos serviços nas áreas educacionais, sociais e de também de saúde. Embora intervenções específicas possam ser realizadas, é fundamental uma abordagem abrangente para promover melhorias significativas e alcançar o máximo de autonomia possível.
A importância de todos os agentes de ensino atuarem de maneira coerente e alinhada ganha corpo nesse sentido, como garantir que a intervenção seja efetiva em uma manifestação tão complexa como o TEA? Agentes de ensino capacitados e atuando de maneira interdisciplinar ampliará o impacto das intervenções, contribuindo para o desenvolvimento da pessoa. Essa atuação coesa entre todos os agentes de ensino colabora garantindo a efetivação de um dos princípios da Análise do Comportamento Aplicada – ABA, que é o princípio da intensividade de intervenção. Agentes de ensino com objetivos e procedimentos alinhados realizam intervenções mais intensivas do que tange a aplicação dos manejos comportamentais necessários.
A ABA é composta pelo seu escopo teórico-filosófico, que se baseia principalmente no Behaviorismo Radical de Skinner, por sua área experimental, na qual os princípios básicos do comportamento são derivados de experimentação e controle de variáveis, e por sua área aplicada, que busca utilizar esses princípios na resolução de questões socialmente relevantes. Isso é feito por meio de pesquisa aplicada e pela prestação de serviços. A ABA tem desempenhado um papel fundamental na criação de práticas baseadas em evidência (PBE), que são atualmente recomendadas para a intervenção com a população com TEA/Desenvolvimento Atípico (por exemplo, National Autism Center [NAC], 2015; Ontario Association for Behaviour Analysis [ONTABA], 2017; Steinbrenner et al. [NCAEP], 2020).
Dado o contexto acima mencionado, objetivamos a oferta de capacitações relacionadas à temática das pessoas com desenvolvimento atípico, instrumentalizando práticas baseadas em evidência nos diversos contextos da vida (social e educacional), alinhando e colaborando com as intervenções clínicas que possam estar sendo realizadas. Acelerando e garantindo o desenvolvimento de marcos fundamentais nos processos de aprendizado e adaptação social.
O Conteúdo Programático atende tanto a normativa da Associação Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental – ABPMC como a Norma Reguladora de Certificação CABA para agentes de ensino. GRUPO IBES
Conceitos básicos da Análise do Comportamento - 10h
Compreender e descrever os processos de aprendizagem na perspectiva do Comportamento Operante. Behaviorismo Radical. Análise Experimental do Comportamento. Contingência de 3 termos. Aprendizagem por consequências de reforço. Controle Aversivo e seus efeitos. Controle de Estimulos e o papel do ambiente. Esquemas de reforçamento. Operações estabelecedoras e Motivadoras. Equivalência de Estimulos.
Comportamento Verbal – Linguagem – 10h
Definição Operante de comportamento verbal. Operantes verbais: mando, tato, intraverbal, ecoico, textual, copia e ditado. Análise funcional de episódios verbais. Comportamento verbal no ensino de pessoas com TEA. Ensino de ecóico, tato, mando, intraverbal e classes gramaticais.
Procedimentos de manejo para minimizar comportamentos interferentes – 10h
Como os problemas de comportamento são compreendidos na Análise do Comportamento; Como avaliar funcionalmente um problema de comportamento; Classes de respostas: auto e hétero agressão, fuga/esquiva, birras, estereotipias; Enfraquecimento de respostas (reforçamento diferencial, extinção, punição e subprodutos).
Procedimentos para o ensino de novos comportamentos – 10h
DTTs. DRO. DRA. DRI. Treino de Discriminação. Procedimentos de transferência de controle de estímulos. Procedimentos de retirada de estímulo. Esvanecimento. Procedimentos de ajuda e retirada. Encadeamento comportamental. Procedimentos de ensino via análise de tarefa. Procedimento de ajuda. Retirada de ajuda. Ensino Naturalístico.
Espera-se ao final da capacitação que os participantes estejam aptos a atuar dentro da abordagem da análise do comportamento aplicada na coleta de dados e aplicação de programas de ensino/redução de comportamentos interferentes de pessoas dentro do espectro autista.
Impressão do Certificado
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Programação
Valores
Categoria de Participante | 20/10 - 17/11 |
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publico externo | R$ 250,00 |
Contato
reginagioconda@unoeste.br
18 981189866 18 32292063