Indústria 4.0 é abordada na abertura do 22º Enepe


  • há 7 anos
  • Assessoria de Imprensa da Unoeste

Relações comportamentais, mudanças no varejo e novas formas de emprego estão entre as características da 4ª Revolução Industrial

Foto: Gabriela Oliveira Indústria 4.0 é abordada na abertura do 22º Enepe
Marcelo Strama, subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, apresentou palestra na noite desta segunda (23)

Imagine uma concessionária com apenas um carro em que os demais modelos você conhece em telas virtuais. Mas como fazer o conhecido teste drive sem automóveis? Aí está outra novidade! Você agenda por um aplicativo esse passeio e mais do que isso, pode customizar o veículo que pretende comprar. Tal forma de comércio já é utilizada pela empresa automobilística Audi em Londres, na Inglaterra. Com isso, reduziu mais de 50% dos seus custos e, em contrapartida, constatou um aumento superior a 150% nos lucros. Essas mudanças significativas do varejo estão entre as características da 4ª Revolução Industrial, também conhecida por Indústria 4.0. Destaque na abertura do 22º Encontro Nacional de Ensino, Pesquisa e Extensão (Enepe) da Unoeste, o assunto foi apresentado por Marcelo Strama, subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, na noite desta segunda-feira (23), no Espaço Solarium, campus II.
 
Após um resgaste histórico das demais revoluções industriais, Strama destacou que o momento é de transformação, sendo que a 4ª Revolução Industrial é marcada pela Internet of Things (IoT), tradução para Internet das Coisas. “Vamos pensar no sistema de cobrança de pedágio Sem Parar: o carro possui um chip que permite a abertura da cancela nas praças de pedágio; após a passagem, as informações vão para o sistema que encaminha para o sistema bancário e, posteriormente, ocorre o débito automático na conta do cliente. Todo esse processo não teve a participação humana, ou seja, é máquina se comunicando com máquina. Esse é um claro exemplo da IoT, todavia, esse processo, requer novas tecnologias que tragam expressivos ganhos de produtividade”, diz.
 
Comentou ainda, que a Internet das Coisas e a inteligência artificial podem levar a expressivos ganhos de produtividade. “As novas maneiras de produção decorrentes da Indústria 4.0 exigem profissionais com formação diferenciada. A integração de diversas formas de conhecimento, característica desse modo de produção, exigirá equipes multidisciplinares, com elevado nível de conhecimento técnico e com capacidade de interação entre as várias áreas do conhecimento”.
 
Strama alerta ainda que, em terra de robôs, quem tem alta escolaridade poderá virar rei. “A demanda por funcionários no setor de engenharia mecânica deve subir ainda mais (cerca de 10%), a expectativa geral é que sejam criados 960 mil postos de trabalho, principalmente nas áreas de tecnologia da informação, além disso, o número de empregos deve aumentar 6% nos próximos dez anos e a tendência é que o número de pessoas com alta qualificação aumente no mercado”.
 
Diante desse cenário, o subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo chamou a atenção dos universitários presentes, para o fato de que não dá para pensar em parar na graduação. “Vim aqui para inspirá-los. É preciso ir adiante, pois o mundo se tornará cada vez mais competitivo. Aproveito também para parabenizar a Unoeste por realizar esse tipo de debate, pois demonstra que a instituição está antenada às mudanças pelas quais o mundo está passando”.
 
Abertura – Mais de 800 participantes estiveram no primeiro dia do Enepe. A mesa da solenidade inicial foi composta pelos doutores José Eduardo Creste (pró-reitor Acadêmico), Adilson Eduardo Guelfi (pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação/ Extensão e Ação Comunitária) e Jair Rodrigues Garcia Júnior (coordenador executivo do evento).
 
“O ano de 2017 está sendo muito bom para a Unoeste, já que a universidade tem conquistado resultados muito positivos em avaliações de órgãos como o Ministério da Educação e os veículos Folha de S. Paulo (Folha RUF) e Guia do Estudante, além dos conceitos dos mestrados que foram elevados”, destaca Creste. Segundo ele, o tema desta edição do Enepe “Novas profissões, emprego e empreendedorismo” promoverá discussões que possam fortificar a carreira de quem busca formação na universidade. “A nossa região está entre as mais pobres do Estado, não podemos ficar de olhos fechados, precisamos de ousadia e a Unoeste pode colaborar com a mudança desse cenário, seja no oferecimento de novas profissões como na capacitação de mão de obra”.
 
Guelfi acrescenta que toda a programação do Enepe está bem alinhada com o tema central do evento, que é muito pertinente ao cenário atual. “Uma atuação sólida requer conhecimento técnico, vocação, competências e habilidades. A Unoeste é uma grande apoiadora e está comprometida com a construção e gestão dessa carreira nos níveis de graduação e pós-graduação, por meio de ações de Ensino, Pesquisa e Extensão”.
 
Mesmo no primeiro termo de Administração, os irmãos gêmeos Deivison e Deives Mendes, 35, acreditam que o Enepe é uma importante forma de aquisição de conhecimento. Eles contam que o sonho de uma formação superior está se tornando realidade, já que ingressaram na instituição pelo Prouni – Programa Universidade para Todos, do governo federal. “Queremos ser empreendedores e ter o nosso negócio. Para isso, buscamos aproveitar, desde o início, todas as experiências que a universidade nos oferece”, conclui Deives.
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