Diferentes nações: troca cultural enriquece formação


  • há 8 anos
  • Assessoria de Imprensa da Unoeste

Em seis anos, número de estrangeiros na universidade aumenta 50% e de naturalizados 400%

Foto: Mariana Tavares Diferentes nações: troca cultural enriquece formação
Milena, egressa de Sistemas de Informação, tem dupla cidadania: argentina e brasileira

A maior universidade do oeste paulista tornou-se conhecida nacional e internacionalmente, pois, além de levar alunos para outros países, também recebe estudantes de diferentes nacionalidades. E os números comprovam: a cada ano cresce a quantidade de estrangeiros e de brasileiros naturalizados que escolhem a Unoeste.

O mexicano Marco Antônio Gómez Madrigal, 24, assim como seu irmão, Gabriel Calderon, que fez Turismo, escolheu a Unoeste para a formação profissional – ele é aluno do 4º termo de Letras. “Sempre quis ser professor de idiomas, pois tenho fluência em espanhol, português, inglês e estou aprendendo o francês. Pesquisei os lugares que tinham o curso que queria, foi quando decidi pela Unoeste”, relata.

Madrigal mudou-se para o Brasil com os pais aos 9 anos. “Em casa conversamos apenas em espanhol, mas hoje consigo separar bem o momento de utilizar meu idioma nativo, o que no começo foi bem complicado, pois chegamos sem saber nada de português”, comenta. Já nas redes sociais, o universitário conta que tem conversas em diferentes línguas, pois parte da família permanece no México e outra nos Estados Unidos.

Mãe brasileira, pai paraguaio e filha argentina. Isso mesmo! Essa mistura faz parte da história de vida da recém-formada em Sistemas de Informação, Milena Villalba, 23. Ela tem dupla cidadania em razão da nacionalidade materna, mas nasceu na terra de Maradona. Saiu de lá aos 5 anos, foi para o Paraguai e aos 12 anos veio definitivamente ao Brasil. Ela pertence a uma família multiétnica, pois sua irmã, formada em Jornalismo pela Unoeste, é espanhola.

“Os doces e o clima são as coisas marcantes da Argentina, porque todos os dias são de céu azul, sol fraco e vento frio. No Paraguai as pessoas são simples e ricas culturalmente, pois a música é forte, em qualquer lugar você a encontra”, relembra Milena. Ela acrescenta que os pratos típicos são tradicionalmente preservados em sua casa.

Chegou à Faculdade de Informática (Fipp) pelo excelente desempenho dos cursos. “Tenho muito orgulho de ser formada aqui. Um dos meus sonhos é participar da mesa-redonda de egressos da Semana de Computação e contar minha história para inspirar outros alunos, assim como ocorreu comigo um dia”.
 
NÚMEROS - Somente no primeiro semestre de 2016, nove alunos estrangeiros estavam matriculados: um mexicano, três angolanos, quatro portugueses e um japonês – crescimento de 50% nos últimos seis anos. No caso de brasileiros naturalizados, o aumento foi de 400% no mesmo período – atualmente são 33 universitários.