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Aluno de arquitetura relata experiências vividas na Europa

Intercâmbio de estudos na Espanha possibilitou reafirmar o gosto pelas áreas de planejamento e patrimônio


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Foto: Cedida Aluno de arquitetura relata experiências vividas na Europa
Jean na Escola Técnica Superior de Arquitetura, da Universidade de Granada

 

O relato de experiência do intercâmbio na Universidade de Granada, na Espanha, pelo estudante Jean Guilherme Oliveira revela fatos que se entrelaçam em relação aos acontecimentos passados, presentes e a previsão de futuro de sua vida acadêmica. O primeiro deles foi quando escolheu a Unoeste para estudar e viu no site matéria sobre dez estudantes selecionados para um período de estudos no exterior. Então, fez a escolha pela qualidade do curso de Arquitetura e Urbanismo e também pensando nessa possibilidade de ampliar seus horizontes bem além das fronteiras do Brasil.

A vivência internacional reafirmou seu gosto pelas áreas escolhidas como foco de seus estudos; deu a certeza de que a escolha pela qualidade foi assertiva; realizou o seu sonho de intercâmbio; abriu as perspectivas sobre aprofundamento em estudos urbanos, planejamento e patrimônio; direcionou seu trabalho de conclusão de curso para tais segmentos; e proporcionou firmar o pensamento em obter bolsa, fazer mestrado com projeto nessa mesma linha de pesquisa e seguir a carreira acadêmica. Inclusive, como resultado de iniciação científica feita na Espanha produziu artigo e apresentou trabalho no México.

Explorando Granada 

Entre os cinco indicados pela Unoeste com bolsas Ibero-Americanas 2019, contemplados pelo Programa Santander de Mobilidade Internacional, Jean ficou 1 ano na Universidade de Granada, na cidade que tem o mesmo nome. Em casa compartilhada, antes do início da pandemia, em março do ano passado, morou com dois espanhóis e dois argentinos. Mas, diante do alastramento da Covid-19, os espanhóis foram embora e entraram uma chinesa e uma brasileira, de Brasília. Então, dos cinco moradores, quatro eram estudantes e havia um trabalhador argentino. Meia hora andando era o tempo entre sair de casa e chegar ao campus universitário.

Com a opção de explorar a cidade, a preferência foi andar a pé e fazer caminhos alternados. Escolha relacionada à arquitetura e urbanismo. Vez ou outra foi de ônibus, para vivenciar o transporte público. No primeiro semestre fez três disciplinas: patrimônio edificado, gestão e conservação; infografia e patrimônio; e restauração arquitetônica. No semestre seguinte foram quatro: antropologia urbana; patrimônio e gestão cultural; e composição arquitetônica 1 e 2. Foi na disciplina de antropologia a iniciação científica para identificar, através de pesquisa, alguns conflitos no bairro Albaicín, classificado como patrimônio mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). 

Turistas e moradores 

O bairro que deu origem a Granada é a história viva da cidade com seus prédios, praças e a estrutura de suas ruas que proporcionam reconhecer as diferentes transformações culturais e sociais desde o século 11. A pesquisa no Albaicín foi para apurar se existem conflitos entre turistas e moradores. Jean constatou que sim, sendo no aspecto físico foi identificado o incomodo das ocupações de espaços comuns, inclusive nas ruas. No aspecto econômico, os elevados preços de produtos e serviços. Situações que levam às desocupações das moradias, com as pessoas se mudando para lugares mais tranquilos, deixando ao Albaicín o aspecto de bairro fantasma.

O resultado da pesquisa proporcionou a produção de artigo científico e apresentação remota no “3º Seminário Internacional Permanente: espaços urbanos, patrimoniais, turismo, habitabilidade e vida cotidiana; antes e depois de pandemia”, realizado na segunda quinzena de fevereiro deste ano no México, pela Universidade de Guanajuato e Universidade Autônoma Yacatán.  Durante sua estada na Europa, além da Espanha, o estudante da Unoeste esteve em Portugal e na França. Visitou pontos turísticos, entre os quais a Torre de Belém, Torre Eiffel e Museu do Louvre. Jean dobrou o tempo do intercâmbio que inicialmente seria de seis meses.

Foto: Cedida Visita a Paris, na França
Visita a Paris, na França

Apoio permanente 

A permanência por mais tempo decorreu da quarentena do coronavírus, do começo de março e até o início de maio, de tal forma que pode remarcar a viagem de volta, paga pela bolsa do Santander, sem ter que arcar com custo adicional. Por ter viajado sem acordo de recepção na universidade de lá, pagou para fazer as três disciplinas nas quais obteve aprovações. Seu interesse, associado ao bom rendimento, resultou em ficar mais seis meses e fazer outras quatros disciplinas sem ter que pagar e sendo aprovado em todas. Jean conta que teve o apoio permanente da Unoeste, através do Departamento de Intercâmbio e Mobilidade Acadêmica, pelo qual responde Bruno Takikawa.

Outro apoio importante foi o do serviço psicológico proporcionado pela Unoeste. Conforme Jean, a sua primeira viagem internacional foi um aprendizado muito rico de arquitetura e urbanismo, inclusive por ter tido a oportunidade de conhecer lugares que tinha estudado sobre arquitetura gótica e renascentista, e que a grande surpresa foi a arquitetura árabe. Em relação ao ponto de vista pessoal, Jean comenta ter vivido o impacto de ser o responsável por tudo o que tinha que fazer e se preocupar como iria fazer, por estar convivendo com pessoas de culturas e modos diferentes. Foram quatro meses para falar o idioma, ainda que tenha levado menos tempo para compreendê-lo.

Sonho realizado 

Jean classifica como fundamental a bolsa do Santander, que foi proporcionada através de convênio com a Unoeste, para que vivesse o sonho de intercâmbio internacional, alimentado desde que fez as primeiras incursões pelo site institucional, vendo notícia que anunciava a seleção de dez estudantes para um período de estudos no exterior em 2016. Natural de Piraju, na região de Ourinhos, Jean estuda Arquitetura e Urbanismo na condição de bolsista do Programa Universidade para Todos (Prouni), sendo o primeiro de três irmãos a ingressar no ensino superior graças à sua excelente pontuação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Sirene, sua mãe, é enfermeira. Dener, seu pai, é servidor do sistema prisional paulista. Jean é o caçula dos irmãos Dener Junior e Jéssica. Família que tem orgulho de suas conquistas, sendo que os pais deram todo apoio na realização do intercâmbio e a permanência na Espanha por mais tempo que o previsto inicialmente. “Minha mãe se enche de orgulho para falar dessa minha experiência, que fico até com vergonha”, revela Jean em tom de que, apesar se estar sendo sincero, no fundo gosta de sentir essa manifestação do amor de mãe, ainda que para ele seja com certo exagero. Jean teve sua formatura retardada em 1 ano, mas garante que se pudesse teria ficado mais 1 ano na Europa.

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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