Perspectivas e visita a acervo marcam 3ª Semana de História
Evento tem palestra no Auditório Azaléia nesta quarta (29) e termina na sexta (31), com atividades artísticas e manifestações culturais

Debruçados sobre arquivos da década de 70 a 90, alunos do curso de História debatiam as curiosidades e descobertas feitas durante visita ao acervo sobre a luta do trabalhador. Documentos disponíveis no Centro de Memória, Documentação e Hemeroteca Sindical “Florestan Fernandes” (Cemosi), da Unesp de Presidente Prudente. A visita é uma das novidades e faz parte da programação da 3ª Semana de História da Unoeste, que segue com palestra no Auditório Azaléia na noite desta quarta (29), e termina sexta (31) com atividades artísticas e manifestações culturais.
“Eles precisavam conhecer o centro de memória, o funcionamento do acervo. É uma visita técnica em cima da história dos trabalhadores”, de acordo com a coordenadora do curso, Alba Lucena Fernandes Gandia, que explica que além de manusear arquivos, o evento trará mais novidades. “Na sexta [31], vai ter exposição fotográfica, tudo feito por alunos. E vou falar sobre arte espanhola. O foco vai ser a arte de Gaudi [arquiteto caracterizado pela liberdade da forma, cor e texturas]”, explica. A coordenadora ressaltou o engajamento do curso, dos alunos e a relevância acadêmica. “Amanhã [quinta] teremos apresentações de trabalhos. A partir do momento que oferecemos atividades culturais e práticas vemos o comprometimento dos alunos, até em produzir conhecimento”, destaca Alba.
O Ian Damaceno é arquivista do Cemosi, da Unesp, responsável por 25 a 30 metros lineares de documentos. “Se colocar um documento sobre o outro, equivale a um prédio de 10 andares. Isso fora o que temos em caixas, é muita coisa histórica sobre a luta pelo trabalho”, conta. Para ele, monitorar os alunos da Unoeste é de extrema importância. “É fomento a pesquisa. Nós estamos abertos para servir a comunidade que se interessa por isso. Inclusive para alunos da Unoeste que quiserem estagiar aqui”, pontua Damaceno.
Os alunos gostaram da ideia! “Eu me interesso muito pelo arquivo. O material que tem aqui não tem em lugar nenhum. Quero trabalhar com isso no futuro”, relata a acadêmica do 6º termo, Gabriela Oliveira. Já o Misael Alejandro Souza da Silva, do 5º, pretende ir para área acadêmica. “Quero dar aula. Quero me aprofundar nas questões afrodescendentes, eu gosto”, conta. O Micael Luan Maciel, do 6º termo, disse que conhecer o arquivo abre um leque para o aluno. “A gente descobre onde tem o conteúdo, amplia o horizonte. Fica querendo voltar. Hoje vi um ponto interessante sobre o darwinismo”, destaca.
Abertura

Falou da experiência vivida na USC que tinha um curso de História fadado a fechar e que se transformou em exemplo. “É impossível ignorar as redes sociais. Se fizer isso você vai ser chato. Então o professor precisa adaptar isso às atividades. Outro ponto importante foi, mesmo com as dificuldades financeiras, levar os alunos para visitar museus e conhecer centros de documentos”, ressaltou Goulart, que explicou o porquê escolheu se formar historiador. “Tenho fetiche pela origem. Avós portugueses, bisavós italianos”, justificou.
Não perca!
A Semana de História continua nesta quarta-feira (29) com palestra de João Rodolfo Munhoz Ohara, que introduz estudos da Teoria da História. Mais detalhes da programação está disponível no site.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste